Talvez nem devesse ser, esse sentimento nem foi amor; talvez, quem sabe, uma admiração por alguém que te faz sorrir quando quem mais precisava de carinho era ele. Se fosse amor, não acabaria tão fácil, não teria que ser avisado de sua identidade.
Se fosse amor, existiria a vontade de correr atrás, de estar perto, de fazer planos. Mas não foi amor, foi apenas carinho, brincadeira, coisa boba que o coração quer se pôr antes da razão. Amor não machucaria, não faria doer e não sumiria no vento.
Foi um sonho bobo, coisa de adolescente e então terminou. O coração sonhador cresceu com as pancadas da vida e, finalmente, percebeu que deixar a razão em sua frente lhe livraria de muitos tropeços, desilusões e decepções que viessem com o tempo.
O coração deixou de ser bobo, não quer se machucar, pois já existem cicatrizes de mais para tão pouca idade. Ele quer viver, viver mais feliz, se recuperar para um dia, novamente, bater forte por alguém que o cuide, sem mais bagunçar sentimento e razão.
[Betina C.A]
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