domingo, 2 de outubro de 2011

Confiança é como um espelho..


... Você pode concertar se quebrar, mas continuará a ver a rachadura no reflexo.
Erramos sempre, e podemos até consertar esses erros mas sempre haverá racharuras em nossas lembraças.
Essa frase serve também pra um outro caso: para quando depositamos nossa confiança em alguém que a desperdiçou.
As coisas podem até ser consertadas, mas sempre terá rachaduras nas lembraças.
Nada se apaga pro completo.

Ninguém disse que seria fácil.

Nobody said it was easy
It's such a shame for us to part
Nobody said it was easy
No one ever said it would be this hard
Oh take me back to the start
“Eu costumava acreditar em todo mundo, que as coisas eram fáceis, que tudo tinha jeito. Mas o tempo vai passando e a gente vai aprendendo.”

Amanhã



"Fingir que está tudo bem, os olhos borrados, o canto da boca levemente mordido na tentativa de matar a vontade que grita, que arde.Fingir que está tudo bem enquanto o telefone não toca, a vida não gira. Fingir que está tudo bem, o coração a tilintar feito pequenos cristaizinhos pulando no chão ( .. )
Desculpe tanta sede, tanta insatisfação. Amanhã, amanhã, recomeço."

Hoje,..


“.. deu vontade de chorar e eu só queria um colo para encostar minha cabeça e fingir que o mundo lá fora não existe. Hoje eu queria um abraço daqueles que te sufoca de tão apertado e ao mesmo tempo te protege de tudo. Hoje eu só queria ouvir “eu liguei pra saber se você tá bem” pra sentir uma dor menos doída dentro do peito. Cansei de amar pela metade. Cansei de me sentir sozinha. Cansei de tanta mentira. Cansei dos dias iguais, da rotina. Cansei de mim e de me deixar sempre em última opção. Cansei de procurar meus amigos. Cansei de mentir pra mim, pra ver se dói menos. Cansei de me preocupar com quem não se preocupa comigo. Cansei de sofrer e de acordar indisposta, cansei de sentir o coração bater mais forte, com uma sensação de arrependimento, de erro. Cansei de tudo.” 

 Clarice Lispector

sábado, 1 de outubro de 2011


"Tudo apodrecia mais e mais, sem que eu percebesse, doído do impossível que era tê-lo. Atento somente à minha dor, que apodrecia também, cheirava mal. Então algum dos vizinhos batia à porta para saber se eu tinha morrido e sim, eu queria dizer, estou apodrecendo lentamente, cheirando mal como as pessoas banais ou não cheiram quando morrem, à espera de uma felicidade que não chega nunca. Eles não compreenderiam, ninguém compreenderia. Eu não compreendia, naqueles dias - você compreende?"